parnasianismo e simbolismo no brasil
por t1una
sobre esses dois movimentos que apareceram na literatura brasileira, no final do século xix, basear-me-ei (isso se chama mesóclise, e por favor não use) na leitura, já mencionada aqui, de iniciação à literatura brasileira, de antônio cândido.
surgidos no brasil no início da década de 1880, tanto o parnasianismo quanto o simbolismo foram inspirados nos movimentos franceses homônimos, com alguma influência portuguesa.
parnasianismo
os parnasianos se diferenciam dos românticos pela redução do sentimentalismo e da melancolia, a ausência quase que total do interesse político na obra, apesar de não na postura, e, de acordo com os modelos franceses, pela cautela na escrita e desejo de uma expressão que primasse pelo aspecto plástico da obra. o pedantismo gramatical caracterizou pejorativamente os poetas parnasianos como “adoradores da forma”, adjetivo que talvez mereçam.
três são os poetas parnasianos que ganharam destaque ao longo do tempo: olavo bilac, alberto de oliveira e raimundo correia.
enquanto os dois últimos se mostraram desinteressados política e socialmente, olavo bilac se interessou pela questão da educação nacional, do serviço militar, tudo com um forte teor patriótico.
as obras dos poetas parnasianos são de domínio público, e podem ser baixadas aqui: olavo bilac.
qualquer aula de literatura que se preze sequer menciona o parnasianismo.
simbolismo
com gosto pela imprecisão, vocabulário mítico, versos quebrados e livres, o simbolismo, no brasil, pode ser resumido a um poeta, cruz e sousa, que ganhou destaque não somente por alguma qualidade de sua poesia, mas principalmente por ser considerado um literato efetivamente negro (se isso é possível) onde apenas mestiços (basicamente, todo o país?) conseguiam algum destaque.
a obra de cruz e sousa é de domínio público, e pode ser baixada aqui: cruz e sousa.
Bem elaborado